Sempre entro em crise ortográfica quando preciso escrever berinjela, porque as duas formas são corretas, com j ou g.
Pelo menos é o que me diz o dicionário. Lembro quando criança a escola
pediu para cada aluno comprar um mini-dicionário, o Aurélio, todo mundo
chamava de "pai dos burros". Eu que sempre adorei palavras, achava uma
afronta e depois retrucava: burro é quem não consulta dicionário. Hoje
tenho a versão digital do Houaiss, que aprendi a gostar na faculdade,
era meu sonho de consumo, sempre que ia me preparar para a aula na
biblioteca catava aquele livrão imenso e deixava na minha mesa, havia
vários deles e sempre disputados.
Depois
de discorrer tanto sobre a grafia da solanácea (consultei o dicionário,
rá!) e relembrar o passado, é hora de falar desse prato, que é uma
delícia, tanto para saborear como para preparar. Ridiculamente fácil de
fazer, rápido como um miojo nojento e tão saboroso que é difícil crer
que é tão simples. Uma recomendação é comprar um bom garam masala, ou
fazer o seu. Como aqui não encontramos queijo paneer, usei o queijo de
coalho - aqui usei a marca Quatá, que não derrete quando aquecido, uma
vez usei uma outra marca (não me lembro qual), para fazer do mesmo
jeito, picar e jogar na panela, o troço derreteu como se fosse muçarela.
Receita daqui.
2 colheres (sopa) óleo - usei de amendoim
1 beringela grande, cortada em cubinhos de 1cm
200g tomate cereja, cortados ao meio
250g queijo de coalho, picado
1 colher (sopa) garam masala
1 colher (sopa) semente de mostarda amarela
sal a gosto
coentro (usei salsinha)
Aqueça
o óleo numa panela e coloque a beringela, mexa bem e deixe cozinhar até
ficar macia e mudar de cor, em seguida coloque o tomate, deixe cozinhar
mais um pouco para soltar os sucos. Adicione o queijo, masala, mostarda
e sal, mexa bem para tudo ficar envolvido pelo tempero e cozinhe até o
queijo ficar macio, coloque o coentro picado. Sirva com arroz branco.
rende: 4 porções