"A doçaria brasileira, minha amiga, é muito doce". Essa frase foi de uma professora de antropologia que conheci na faculdade - uma figura, em todos os sentidos. Não me lembro do contexto da fala, só de um causo que ela contou, que ofereceu quindins para alguns amigos ingleses e eles não gostaram pelo excesso de açúcar. Essa frase voltou tão forte na minha cabeça, que procurei para ler Açúcar, do Gilberto Freyre, tema daquela aula há uma década atrás.
E o que a frase tem a ver com doce de abóbora? Foi a primeira coisa que me veio à cabeça quando comi uma colherada grande desse doce. Delicioso e um pouco doce demais para o meu paladar de hoje. Já minha mãe, a formiga-mór da família, achou que estava no ponto. E falando em ponto, achei um pouco difícil encontrar o ponto certo do doce, tive receio de cozinhar demais e ficar puxa-puxa, e acabei deixando um caldinho extra - mas acho que isso varia de acordo com a preferência pessoal.
Encontrei várias receitas de como fazer, e preferi ficar com esta aqui.
500g abóbora picada em cubos de 2cm
250g açúcar
6 cravos-da-india
3 paus de canela
½ xícara coco ralado, usei em flocos e adoçado
Numa panela grande coloque a abóbora, açúcar, caro e canela, misture bem e deixe a abóbora cozinhando até ficar macia. Retire os pedaços com uma escumadeira e amasse com um garfo (pode usar um amassador de batatas também), volte tudo para a panela e deixe cozinhar até secar, mexa de vez em quando. Adicione o coco, misture bem. Mantenha na geladeira.